Jalapão?
Sim, Jalapão. O problema é que este lugar – uma filial do paraíso – localizado no estado do Tocantins é pouco conhecido mesmo. Então nem tentamos nos aventurar na descrição. Deixamos o blogueiro Ricardo Freire dar algumas dicas para vocês. O ideal é chegar de ônibus em Palmas (capital de Tocantins) e de lá contratar uma empresa que disponibiliza carros 4×4 para começar a aventura. E uma coisa é certa: Você vai se surpreender!
No quesito férias na natureza, o Jalapão é a última bolacha do pacote. Até a virada do milênio, os únicos forasteiros que se aventuravam por ali eram jipeiros. O turismo mais comercial começou apenas em 2001, quando a Korubo montou seu acampamento e adaptou um caminhão para transportar grupos.
O número de visitantes, porém, ainda é muito pequeno e não altera em nada a densidade demográfica da região. Não há hotéis — só umas poucas pousadas num ou noutro vilarejo. Apesar de muito falado, o Jalapão é pouco explicado. Aqui vai minha contribuição.
Como é (e como não é) o Jalapão?
Muita gente imagina o Jalapão como uma filial dos Lençóis Maranhenses onde as lagoas e dunas são emolduradas por paredões tipo Chapada Diamantina; um vasto território virgem, sem estradas definidas, desbravado por veículos off-road.
Não é bem assim! Aquele cenário de duna + lagoa + paredão de chapada existe, sim, mas num lugar específico: a Serra do Espírito Santo. Não é uma topografia que se repita em outros pontos.
Tampouco o Jalapão é um “deserto”: a região combina paisagens de cerrado com campos gerais. Escondidos no território estão rios (com prainhas e corredeiras), veredas (belíssimos oásis de vegetação densa em torno de nascentes), cachoeiras e fervedouros (poços com areia finíssima em suspensão que impede que você afunde).
Onde fica e como se chega?
O Jalapão ocupa uma área de 34 mil km² (para comparar: Sergipe tem 22 mil km²) no centro-leste do Tocantins, fazendo fronteira com Bahia, Piauí e Maranhão. A principal porta de entrada da região é a cidadezinha de Ponte Alta do Tocantins, que está a 190 km da capital, Palmas, por estrada asfaltada. Dali em diante, só estradas de terra.
Itinerários circulares usam a cidade de Novo Acordo, a 110 km de Palmas (também por asfalto) para entrar ou sair. A maior quantidade de atrativos está em torno do povoado de Mateiros, a 160 km de Ponte Alta (ou 240 km de Novo Acordo). Os povoados de Ponte Alta e São Félix do Tocantins (a 90 km de Mateiros e 150 km de Novo Acordo) também servem como base para visitar outros atrativos.
Quando ir ao Jalapão?
Ao contrário do que eu imaginava, o Jalapão é visitável o ano inteiro. Entre maio e setembro quase não chove e o céu estará azulzíssimo (pelo menos até as queimadas do Cerrado começarem, em meados de setembro). Para ver o capim-dourado em seu estado dourado, visite em setembro. Durante a época seca os dias são quentes (quanto mais perto de setembro, mais quente) e as noites, frescas.
Na época chuvosa faz menos calor de dia, mas em compensação de noite não esfria.
Leve em conta que os grupos são pequenos e, em feriados e nas férias, lotam com antecedência.
O que levar?
Repelente, boné, óculos de sol, dinheiro vivo e talão de cheque. Pra lá de Ponte Alta do Tocantins, o celular serve apenas para tirar fotos. (Mas em Mateiros tem sinal da Vivo.)
Para ler a matéria completa acesse: http://www.viajenaviagem.com/2013/06/jalapao-dicas-roteiro