Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Ônibus da Nacional Expresso que sai de Santos, passa pelo ABC Paulista, Terminal Rodoviário do Tietê até Goiânia. Viagem é de 16 horas, mas o tempo passa rápido na estrada. Foto: Adamo Bazani.
Você já procurou pedir informação para alguém na rua e as pessoas quase não olharem em sua cara ou responderem com má vontade?
É desagradável, mas se você for a Goiás, isso dificilmente vai acontecer, com exceções, é claro.
A hospitalidade da população de Goiás chama a atenção. E esta característica não é apenas nos lugares onde são recebidos turistas, cujos trabalhadores são mais preparados para lidar com o público.
Nos ônibus urbanos, bairros mais distantes, praças, padarias, shoppings… bastou fazer uma pergunta que haverá uma pessoa disposta a informar (e bem).
Até 1744 o território pertenceu à Capitania de São Paulo. O desmembramento total ocorreu em 1748, mas a criação da capitania de Goyaz se deu quase um século depois de a região ganhar importância pela descoberta de ouro. A sede era Vila Boa de Goyaz hoje a cidade de Goiás, conhecida também como Goiás Velho ou Cidade de Goiás, que atualmente possui cerca de 25 mil habitantes e em 2001 foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico Cultural Mundial pela arquitetura.
Foi apenas em 02 de agosto de 1935 que o governador Pedro Ludovico Teixeira pelo Decreto estadual 327 tornou Goiânia a capital de Goiás. A inauguração oficial só ocorreu em 5 de julho de 1942.
Antes mesmo da criação da capital, o município firmou um plano de urbanização, em 1935, com a formulação de avenidas em forma de eixos.
Uma das grandes vias de Goiânia, a Anhanguera tem 14 quilômetros de extensão e é servida por um corredor de ônibus articulados e biarticulados chamado pelos passageiros de “eixão”.
Por R$ 3,30, é possível andar praticamente por toda a cidade fazendo integrações nos terminais. Pelo mesmo valor, o passageiro ou turista pode ir para outras cidades, como Trindade, chamada pelos goianos de Capital da Fé. É lá que fica o Santuário do Divino Pai Eterno que recebe romarias de todo o País. Mas para conhecer a cidade, que além de ter o santuário, possui painéis com temas religiosos na estrada, não é necessário fazer nenhuma romaria. A cidade é agradável e a caminhada vale a pena.
A partir de Goiânia também é possível chegar a Brasília e desfrutar da impressionante arquitetura da capital federal. Independentemente de religião, a Catedral de Brasília com os vitrais azuis, os anjos e cor clara das estruturas é um local de contemplação. Obra de Oscar Niemeyer.