29 de julho de 2015 abrati

São Miguel das Missões, patrimônio histórico do RS

Cerca de 400 anos atrás, quando a vila de São Miguel Arcanjo foi fundada, o território ainda era de domínio espanhol. A vila era uma das reduções que formavam os Sete Povos das Missões ou Missões Orientais, aldeamentos indígenas formados pelos jesuítas na beira do Rio Uruguai. Hoje em dia, a região pertence ao Brasil, no Rio Grande do Sul, tronando-se parte importante da história do estado e do País e fonte de ricas tradições.

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O povoado, surgido nas missões jesuítas de catequizar os índios, ainda hoje, chama atenção por seu modelo urbano, que tem sido considerado brilhante e original, com um sistema muito mais estruturado que a grande maioria dos povoados coloniais de sua época. Trabalhando como arquitetos, escultores, pintores e professores, os jesuítas construíram – auxiliados pelos índios guaranis, uma civilização única na América Latina.

As estruturas começaram a ser recuperadas em 1925 e desde então o sítio tem sido crescentemente valorizado, passando por várias intervenções de restauro. Sua igreja se tornou uma das imagens mais conhecidas no Rio Grande do Sul e o complexo, um forte pólo turístico. Comunidades indígenas guarani da redondeza têm o local como sagrado e como parte de sua memória e identidade coletiva.

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Em São Miguel das Missões localiza-se o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo que é o único patrimônio histórico-cultural do sul do Brasil reconhecido pela UNESCO. O sítio arqueológico é formado por igreja, sacristia, cruz missionária, colégio, oficinas, quinta e cemitério, além de um museu. O Museu das Missões foi projetado por Lúcio Costa – arquiteto e urbanista, um dos responsáveis pela construção de Brasília – e imita uma habitação indígena. Lá está o maior acervo brasileiro de esculturas de santos feitas pelos índios ou trazidas da Europa. Por falar em índios, eles normalmente são encontrados na porta do museu vendendo artesanato. Um pequeno grupo vive nos arredores, em casas de taquara, barro e teto de palha.
Para entender mais sobre São Miguel, um vídeo é exibido aos visitantes de hora em hora, na sacristia. Depois que escurece, as ruínas tornam-se palco para a emocionante apresentação, que dura cerca de uma hora.

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Próximas de São Miguel estão as ruínas de outras três missões: São Lourenço Mártir, São João Batista e São Nicolau, que, ao lado de São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo, formam os chamados Sete Povos das Missões. Em Santo Ângelo, que tem agitada vida noturna, as atrações ficam por conta de uma bela catedral – réplica da construção de São Miguel – e de um museu histórico.
A região também conta com um projeto interessante que une aventura com religiosidade, chama-se “Caminho das Missões”. Um roteiro de caminhada ou ciclismo pelos Sete Povos das Missões, percorrido em 3, 7 ou 14 dias, com 72, 170 ou 325 km, respectivamente. No trajeto que passa pelos municípios de São Borja, Garruchos, São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Entre-Ijuís e Santo Ângelo, além dos Sítios Arqueológicos Missioneiros, é possível ter um emocionante contato com o povo, a cultura e a gastronomia da região. O roteiro também conta com uma trilha para a terceira idade, com pequenas caminhadas e a participação de um condutor e micro ou ônibus de apoio durante todo percurso.

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Encontre uma oportunidade e conheça São Miguel das Missões, um lugar cheio de energia, magia e história. E claro, vá de ônibus!

 

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