O Piauí é o estado nordestino com menor faixa litorânea. Em compensação o interior guarda surpresas que valem a pena conhecer. O Parque Nacional de Sete Cidades certamente é uma delas.
Localizado entre dos municípios de Piracuruca e Brasileira, antigo território dos índios tabajaras, o Parque Nacional das Sete Cidades foi criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e turismo ecológico.
O parque tem esse nome por causa dos diferentes grupos de rochas com cerca de 190 milhões de anos que, separados entre si parecem formar pequenas “cidades”. Outra grande atração são as pinturas rupestres de 6000 anos e conhecidas internacionalmente. E é nesta parte que a viagem parece ficar mística. O cenário de pedras aguçou o imaginário popular, de escritores e de estudiosos estrangeiros que criaram várias teorias sobre o local:
Para Erich von Däniken, autor de “Eram os deuses astronautas?” aquelas construções eram obra de extra terrestres. Outros pesquisadores se espantaram com a semelhança das inscrições das cidades com o antigo alfabeto germânico dos Vikings. Outros juram que encontraram a forma do DNA humano entre as pinturas. E há também quem acredite que os fenícios moraram lá e que a raça Tupi, ancestral dos Tabajaras, era proveniente da perdida Atlântida.
Teorias a parte a verdade é que, em Sete Cidades, ninguém resiste a ver mais do que os olhos alcançam e fantasiar é totalmente permitido. Tanto que em cada cidade você vai encontrar nas nomenclaturas a arte da imaginação:
Pedra dos Canhões (parecem troncos de árvores petrificados) Arco do Triunfo (apresenta forma que lembra o arco francês), Biblioteca (lembra um local com livros e papéis empilhados), Cabeça de Dom Pedro I (bastante fotografada lembra o perfil do rosto do imperador) e muitas outras. Em cada cidade é possível encontrar também as inscrições rupestres, além de grutas, cachoeiras e nascentes. A Piscina dos Milagres, por exemplo é resultado de uma nascente que nunca deixou de jorrar, mesmo em períodos de grande seca (mais mistérios…).
Dicas sobre a visita
Para visitar o parque você terá que contar com um guia. A melhor época para visitar o lugar é de janeiro a junho quando as cachoeiras estão mais cheias e o clima mais ameno. O acesso à Sétima cidade só é permitido com autorização do Instituto Chico Mendes que é quem administra o Parque. Lá está uma reserva ecológica para preservação da fauna, flora e dos monumentos ricos em inscrições rupestres. O parque possui área para camping, alojamento, lanchonete e restaurante. E seus atrativos principais são bem sinalizados com placas explicativas.
Certamente será uma das viagens mais diferentes que você fez. Taí uma ótima oportunidade de conhecer o Piauí. Aproveite a dica, se programe e vá de ônibus!